Sugiro aos os leitores que ficam espantados, irritados, inconformados com
as coisas que acontecem na nossa cidade, região, estado ou país, anotarem
ou decorarem este endereço: mobiliza.inconformados@gmail.
Ontem de manhã, fui procurado por dois pequenos empresários de Novo
Hamburgo. Após uma hora de conversa, concluí que meus velhos conhecidos
são pessoas dispostas a tentar fazer alguma coisa, pelo menos tentar. Não
são políticos, não querem concorrer a coisa nenhuma, mas acham que as
pessoas precisam se mobilizar. Exemplo: ninguém gosta que os políticos
aumentem seus próprios salário em índices abusivos. Mas eles fazem. Então
é noticiado. Muita gente se irrita, e só. O aumento de imposto em Novo
Hamburgo causou, também, inconformidade. Mas a lei está valendo e fim de
papo. A dupla de empresários quer dar início a um movimento extritamente
comunitário, que é o de receber as manifestações dos inconformados e fazer
alguma coisa concreta como, (mais um exemplo) mobilizar pessoas para que
participem da reunião da Câmara de Vereadores nas sessões onde serão
votados projetos que, na visão dos inconformados, se aprovados, ou
rejeitados, atentem contra os interesses da comunidade.
Fazer pressão, é a proposta destes dois corajosos que estão dispostos a
usar de algum tempo de suas vidas para pressionaram antes que as más
decisões se materializem, ou para, ao contrário, também enaltecer alguma
boa postura de políticos que realmente trabalham pela melhoria da
qualidade de vida da população. A dupla quer descobrir quantos são os
inconformados e, se possível, organizar ações de pressão ao vivo ou pela
Internet.
A iniciativa é louvável, mesmo. Hoje de manhã mandarei para
mobiliza.inconformados@gmail.
pela importante e necessária iniciativa, sugiro que os senhores remetam,
se concordarem, aos membros do Congresso Nacional o seguinte texto:
"Senhores parlamentares. Quando é que a casa legislativa mais importante
do Brasil vai dignar-se a ABOLIR em definitivo a patifaria que é a posse
de suplentes de deputados ou senadores nos períodos de 30 dias anteriores
ao começo das novas legislaturas? Até agora, 19 deputados e quatro
senadores, todos suplentes, já assumiram a mamata super bem remunerada que
é a de NÃO FAZER NADA, pois todos sabem que em Janeiro o Congresso NÃO
FUNCIONA por causa do recesso. Um verdadeiro deboche é o tal mandato de
apenas 30 dias, sem nenhuma reunião porque o local de trabalho, como um
todo, está FECHADO.
Mesmo assim, os suplentes poderão, é só querer (e todos estão querendo)
gastar, cada um, algum em torno de cem mil reais. Fruto das despesas do
próprio salário, mais contratações de assessores, auxílios disto e mais
aquilo e tal. Sem falar na ilimitada assistência médica e odontológica
Esta medida que acontece de quatro em quatro anos se afigura como
verdadeiro furto do suado dinheiro público que tanta falta faz em
importantes setores que afetam a vida dos brasileiros".
Mudando de assunto. Agradeço aos inúmeros leitores que
usaram o espaço da minha crônica ( em branco) que ofereci na semana
passada. Generosamente, a maioria gostou da idéia e as formas de uso do
espaço foi bastante diversificado. Um leitor, todavia, que não gosta do
meu trabalho há 30 anos, como escreveu, sugeriu com monumental franqueza
que eu continue assim, deixando o espaço em branco. Ele alega que gostou
muito mais do que "eu não escrevi" do que quando escrevo alguma coisa.
Sugiro que críticas contra mim também sejam enviadas para:
mobiliza.inconformados@gmail.
Mandar só para o velho repórter aqui é pouco porque gosto, como tantas
pessoas da cidade, algumas em altos postos de comando, de achar que estou
sempre certo. O que é errado.
Aurélio Decker
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